Doravante, deves destapar-me devagar.

3 de julho de 2008

Transparência



Aqui estou,
assim o digo repetidamente
nestas noites líquidas
neste silêncio que se esgueira
por dentro de um torpor estrangeiro
que me torna irreconhecível,
com asas de papel queimado
sem força para sobrevoar as hortênsias,
os jardins que sobem até ti.

- Foto de Berenika

1 comentário:

Paulo Lopes disse...

É certo que o silêncio se esgueira pelas mais pequenas frestas e inunda tudo ao redor, se deixarmos.
Bj

(E agora vou ouvir essa obra prima chamada "zero tolerance for silence", se conseguir....)

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